Exposição “Memória da Aéropostale” em Natal

Natal vai reviver um momento histórico na sua rica trajetória na aviação. Na próxima quinta-feira, a partir do meio dia, no Aeródromo Severino Lopes (Lagoa do Bonfim), estarão pousando os aviões Cesna e os pilotos franceses que fazem parte da exposição “Memória da Aéropostale”.

Neste dia, os pilotos estarão sendo recepcionados pelas crianças da Banda Sanfônica do Museu do Vaqueiro e depois haverá uma coletiva com a imprensa na Lagoa do Bonfim, onde o francês Jean Mermoz esteve em 1930. A ação tem apoio da Prefeitura do Natal.

Na sexta-feira (16), a partir das 9h, na Assembleia Legislativa, começa a exposição da “Memória da Aéropostale”, que conta um dos mais belos capítulos da aviação mundial: a da companhia francesa de correio aéreo, conhecida como Latécoère e Aéropostale.

Criada por Pierre-Georges Latécoère em 1918, na cidade de Toulouse, na França, a empresa de correio aéreo desafiava todas as condições da época e fazia com que pilotos heroicos atravessassem as montanhas da França, o deserto do Saara e posteriormente as florestas e intempéries da América do Sul para entregar o correio.

Sem contar a travessia do Oceano Atlântico, em 1930, que aconteceu justamente em Natal, quando o piloto Jean Mermoz, após quase 20 horas sobre o Atlântico, desceu sobre o rio Potengi.  Somente no Brasil, a companhia possuiu 11 escalas, de Norte a Sul: Natal, Recife, Maceió, Caravelas, Vitória, Rio de Janeiro, Santos, Florianópolis, Porto Alegre e Pelotas, além da base de hidraviões em Fernando de Noronha.

Entre as escalas, Natal destacava-se por ser o ponto de chegada ao continente sul-americano e possuir base de hidraviões. Seu pioneirismo não era falho: a cidade foi sempre palco privilegiado da história da aviação.  Além disso, permeiam a história da cidade os relatos dos nativos, endossados pelos documentos de franceses, da passagem de Mermoz, Vachet e também de um dos mais famosos pilotos da Companhia Aéropostale: Antoine de Saint-Exupéry, também escritor e autor do best-seller mundial, O Pequeno Príncipe (1943).

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