Campanha contra Assédio no Carnaval será lançada pela Prefeitura de Natal

Pelo terceiro ano consecutivo, a Prefeitura do Natal coloca nas ruas, durante o período carnavalesco, sua campanha de conscientização sobre atitudes machistas. Trata-se de uma ação bem-humorada, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres (Semul) que leva mensagens de respeito à mulher, tendo a folia momesca como pano de fundo.

A ação será realizada tanto nas redes sociais da Prefeitura do Natal, quanto nos polos onde acontece a programação do Carnaval Multicultural. O lançamento acontece nesta quinta-feira (08) a partir das 10h, no Salão Nobre do Palácio Felipe Camarão.

A campanha se fundamenta no fato de que, durante o carnaval, são frequentes comportamentos de desrespeito por parte dos homens em relação às mulheres, como beijos e abraços forçados, puxões de cabelo, de braços e cantadas agressivas. Tais atitudes são configuradas como assédio contra a mulher.

A ideia é estimular os foliões e foliãs a fazerem fotos segurando as placas com as frases de efeito e postem em seus perfis com a rasthag #Natalcontraomachismo. As mesmas artes das placas serão publicadas nas redes sociais, para que sejam difundidas as mensagens de paz e boa convivência entre homens e mulheres.

“Queremos contribuir para a construção de uma cultura de respeito em relação à mulher, para que ela possa se sentir à vontade para circular onde deseja, sem que seja submetida a situações de assédios e até de violência de gênero”, pondera a secretária da Semul, Andréa Ramalho.

A intenção, porém, é que essa mudança de atitude não aconteça apenas durante o período de Carnaval, mas que se estenda para o convívio diário e, consequentemente, reflita na redução dos casos de violência contra a mulher.

De acordo com pesquisa realizada pela Universidade Federal Ceará, Instituto Maria da Penha e financiada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, com o apoio do Instituto Avon, 27% de todas as mulheres com idades entre 15 e 49 anos já foram vítimas de violência doméstica ao longo da vida, e 17% das nordestinas foram agredidas fisicamente pelo menos uma vez na vida.

As cidades de Salvador, Natal e Fortaleza estão entre as mais violentas ao longo da vida das mulheres, com prevalência de 19,76%, 19,37%, e 18,97%, respectivamente.

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