Sindicato dos Professores defende que retorno as aulas no RN não deve ser presencial e convoca assembleia para discutir o assunto

Os representantes do Sindicato dos Professores do RN se reuniram com o secretário Getúlio Marques para tratar da volta às aulas anunciada para a próxima segunda-feira(01).

Sinte defende retorno presencial só depois da vacina

O sindicato está convocando os trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Ensino para a 1ª Assembleia Geral Ordinária do ano antecipada e reagendada para o dia 29 de janeiro, às 14h.

A Campanha Salarial e Educacional 2021 e o retorno das aulas serão debatidos com a categoria.

No encontro com os representantes dos professores, o Secretário de Educação informou que a intenção do Governo do RN é retomar as aulas de forma híbrida, ou seja, com aulas presenciais e remotas, a partir de 1º de fevereiro.

Os representantes do SINTE demonstraram preocupação com a possibilidade do retorno presencial nesse momento, sem vacinação em massa e sem o estabelecimento de protocolo de biossegurança para as escolas.

Assim, o Sindicato reafirmou a posição deliberada em Assembleia da categoria e defendeu o retorno em formato virtual, tendo em vista que são raras as escolas com condições de receber a comunidade escolar durante a pandemia da Covid-19.

Para a coordenadora geral do SINTE, professora Fátima Cardoso, é desejo dos trabalhadores e trabalhadoras em Educação que haja o retorno das aulas. Contudo, no momento atual, os professores e funcionários defendem que essa retomada aconteça de forma exclusivamente remota. Para a coordenadora do Sindicato, “ainda vivemos tempos difíceis e condições adversas e nesse cenário, é preciso manter os cuidados para diminuir o número de casos de Covid-19 e de mortes pela doença. Além disso, é preciso garantir a qualidade do aprendizado, além da segurança da comunidade escolar”.

Para o Sindicato, embora o Governo esteja referenciado em informações técnicas do comitê científico, falar de aulas presenciais mesmo que para apenas algumas escolas já a partir de fevereiro, ainda é arriscado. “Uma vez que existe o risco de aumento dos contágios e que muitas escolas ainda não prepararam a estrutura física para o retorno e não apresentam estrutura tecnológica para garantir o ensino híbrido de qualidade, somos contrários ao reinício presencial”, diz Fátima.

O Sindicato solicitou que a Secretaria reveja a questão das aulas presenciais e comunicou à SEEC que o tema do retorno das aulas será debatido com a categoria em Assembleia da Rede Estadual. Por sua vez, o Secretário se comprometeu a consultar a Governadora nessa questão e afirmou que as decisões serão tomadas em benefício da comunidade escolar.

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