Flávio Rocha reclama mas não comparece ao RN durante ato em defesa do Pró-Sertão

governador-em-sao-jose-do-serido-foto-de-ivanizio-ramos-1-

A Audiência Pública  realizada sábado, em São José do Seridó, para apoiar e buscar alternativas sustentáveis de desenvolvimento das facções têxteis do Seridó, não contou com a participação do empresário Flávio Rocha. Mesmo sendo potiguar e dono da principal empregadora no setor das facções, ele não participou do ato. A última vez que Flávio Rocha esteve no RN foi dia 16 de agosto, junto com o prefeito de São Paulo João Dória, para receber homenagens no Teatro Riachuelo.

O  evento, desencadeado depois de uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Norte contra a empresa têxtil Guararapes – dona da Riachuelo – gerou uma reação em cadeia de empresários, representantes públicos e funcionários de pequenas fábricas de confecção que terceirizam a produção para a companhia no interior do estado.

Até o governador Robinson Faira (PSD) entrou no debate para ‘salvar empregos foi organizado pela classe produtiva da região, empresários, associações e pequenas fábricas, para discutir a crise que afeta o setor e buscar soluções, e contou ainda com representantes da classe política, como o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, o deputado federal Rogério Marinho e o desembargador Cláudio Santos.

Além de alegarem perseguição, empresários e políticos argumentam que a ação coloca em risco empregos gerados no interior do estado, por meio dessa tercerização.

De acordo com o MPT, a ação contra a empresa visa a responsabilização da Guararapes quanto aos direitos trabalhistas de empregados das facções de costura localizadas no interior, que prestam serviço terceirizado à indústria.

Em uma rede social, o dono do grupo empresarial, Flávio Rocha, considerou que a ação é uma perseguição do MPT contra a indústria, que, desde 2008, teria reduzido de 60% para 20% suas operações no RN. A empresa foi fundada no estado pelo seu pai, Nevaldo Rocha.

Em uma espécie de carta aberta à procuradora Ileana Neiva Mousinho, o empresário considerou que as ações dela têm prejudicado o estado, visto que, ambora tenha crescido, a empresa transferiu empregos para outras unidades da federação e mesmo para outros países. Ele ainda considerou que existem exigências absurdas que não são feitas a qualqer concorrente. “Por que só nós?”, questionou Flávio Rocha.

Send this to a friend