Comportamento do governo na PEC da aposentadoria é questionado por deputados estaduais
O deputado Gustavo Carvalho (PSDB) foi um dos que questionaram a posição do governo do RN diante das discussões que envolvem a PEC da Previdência Estadual.
Quem de nós chegou nesta Casa sem pedir o voto de alguém? Mas me parece que a governadora Fátima quer aprovar a Reforma da Previdência sem pedir nenhum voto dos deputados”, disse ao acrescentar que “na política existem o ônus e o bônus e triste do político que queira ter somente uma dessas opções”, iniciou o parlamentar.
Gustavo Carvalho lamentou o fato da governadora Fátima Bezerra direcionar o seu discurso para pautas federais e não focar nas pautas estaduais, como a aprovação da PEC da Reforma da Previdência. “Tá na hora da governadora focar no que interessa. O assunto do momento é essa reforma. Tá na hora da governadora dizer que a reforma é boa para o Governo. Diga que precisamos aprovar esse projeto. Diga que se enganou. Dê uma entrevista. Admita que a senhora errou e que a reforma não tem volta”, aconselhou.
Já o deputado Nelter Queiroz (MDB) relembrou uma matéria jornalística publicada no mês de abril de 2017, onde a Diocese de Natal informava que os bispos Dom Jaime Vieira Rocha, Dom Mariano Manzana, Dom Antônio Carlos Cruz, estiveram em Brasília para fazer um pleito junto a bancada federal pedindo que a Reforma da Previdência Nacional fosse feita de forma mais branda e que esta não prejudicasse a população mais carente. “Aconselho os bispos a vir conhecer essa PEC que está na Assembleia Legislativa e usar as redes sociais para pedir e convencer os seguidores a não querer a aprovação dessa reforma ou que, pelo menos, ela não maltrate tanto os mais simples, assim como fizeram com a nacional”, comentou.
Seguindo os discursos, o deputado estadual Sandro Pimentel (PSOL) se mostrou indignado com a fata de interpretação sobre o prazo para aprovação da PEC da Reforma da Previdência. “O prazo não é 31 de julho. O prazo é novembro de 2021. Já falei mil vezes, mas as pessoas não se preocupam em ler e interpretar o artigo 9º, parágrafo 6º da PEC 103”, disse.
Sobre o mérito da Reforma, o parlamentar destacou que realizou um estudo junto a sua equipe de assessores e lembrou que apresentou quatro emendas, mas que era preciso discuti-las. “Se eu apresentei quatro emendas qual seria meu voto? Favorável! Mas a única coisa que gostaríamos era discutir a PEC para não penalizar tanto os trabalhadores. E o que aconteceu? As bancadas, tanto a de situação como a de oposição nos deram as costas. Não tem chance de votar favorável como ela está, pelo prejuízos todos que todos nós sabemos aos servidores”, posicionou-se.