Aplicativo de mensagens no celular vira importante ferramenta nas empresas
No Brasil, já são 38 milhões de pessoas usando WhatsApp, um aplicativo que permite a troca de mensagens, fotos, vídeos e áudios em tempo real e em qualquer lugar do Planeta. Toda essa facilidade fez com que a rede social se transformasse em uma das mais populares do país e, inevitavelmente, invadisse o ambiente de trabalho. Hoje, é bem comum a troca de informações de funcionários através das teclas de um smartphone, o que tem encurtado distâncias e feito muitas vezes o tempo render mais, quando se trata de acelerar o processo de comunicação empresarial.
Em Natal, a construtora e incorporadora Cyrela Plano&Plano é um exemplo de companhia que aderiu ao aplicativo para uso no dia a dia do ambiente empresarial. “Montamos grupos específicos de cada setor na rede social para acelerar o processo produtivo. Por ali a gente marca reuniões, discute pautas, encontra soluções, enfim, resolvemos muitas questões de maneira prática e rápida”, explica a gerente de marketing da empresa, Andreia Rocha.
O Natal Shopping é mais um exemplo de empresa que também aderiu ao Whatsapp como ferramenta de atendimento a seu favor. O shopping disponibiliza um número de telefone que fica com a concierge (profissional de atendimento ao público) à disposição dos usuários para responder a todo tipo de questionamento que diz respeito ao público externo. “Recebemos boa aceitação do público, principalmente para prestar informações sobre lojas, programação de eventos e cinema. Oferecemos esse serviço há um mês e vimos que ele proporciona mais facilidade no relacionamento com o cliente”, afirma Ticiana Pessoa, coordenadora de Marketing do shopping. A turista de São Paulo, Maria Amélia do Nascimento, 42, confirma a satisfação: “Eu precisava saber se uma promoção de troca de brindes ainda estava valendo, enviei a mensagem para o shopping e em apenas um minuto eu tive o retorno”, conta ela.
As vantagens são inquestionáveis para empresas, funcionários e consumidores. No entanto, o uso excessivo da ferramenta pode prejudicar a otimização do tempo tanto na vida pessoal quanto na profissional. O coordenador da pós-graduação em Mídias Digitais da Faculdade Estácio Ponta Negra, Carlos Couto, alerta que em algumas situações não existe mais limite do horário de trabalho quando o colaborador está 24 horas disponível no bate-papo. Por isso, às vezes o momento de lazer pode ser interferido por chefes com demandas urgentes.
“É preciso criar uma etiqueta profissional para que o uso do aplicativo não se torne desgastante”, defende o especialista. O código de condutas inclui o tempo gasto no WhatsApp dentro do ambiente de trabalho, onde não é recomendado que o colaborador faça interações pessoais. Dessa forma, para evitar a queda da produtividade dentro da empresa, Carlos recomenda a divisão entre o horário de trabalho e o pessoal. “Empresa e colaborador devem fazer uma reflexão sobre o uso dessa nova febre dos brasileiros, de forma que cada um entenda os seus limites e a convivência continue harmônica”, recomenda.
