Médico Carlos Faria é inocentado no Foliaduto
O irmão da ex-governadora Wilma de Faria, Carlos Faria, que era o secretário-chefe do Gabinete Civil durante o período em que ocorreram as fraudes, foi o único inocentado no processo do Foliaduto.
O processo criminal que investigou desvio de dinheiro supostamente utilizado para o pagamento de bandas pelo Governo do Estado,teve decisão na 5ª Vara Criminal.
Ontem, foi prolatada a sentença da Justiça potiguar que considerou culpados seis dos sete réus por envolvimento no esquema fraudulento.
Todos os outros réus no processo foram considerados culpados. Dois deles, que realizaram a delação sobre o esquema, e o ex-coordenador do Gabinete Civil na época dos crimes, Ítalo Gurgel, foram os condenados à prisão, enquanto outros três tiveram os crimes prescritos.
Na sentença sobre Carlos Faria, o juiz Cleanto Alves Pantaleão Filho disse que “não há provas suficientes à condenação, senão uma frágil prova indiciária”. De acordo com o juiz, o que há no processo são comentários sobre tentativa de dificultar as investigações e ilações sobre participação nos crimes, o que não serviria como prova. O pensamento do advogado de Carlos Faria, Erick Pereira, é diferente. “Não diria que as provas foram inconsistentes para a condenação, mas que foram consistentes para absolvição”, disse o advogado, que acredita em recurso do MP. “É um direito deles”.