RN ganha primeira equipe especializada em endometriose
O Rio Grande do Norte ganhou a primeira equipe multriprofissional especializada no tratamento da endometriose, doença que atinge uma a cada dez mulheres no período reprodutivo. Infertilidade, dor pélvica crônica e diagnóstico tardio são alguns dos fatores que cercam o universo da endometriose.
O Estado potiguar conta, a partir de agora, com uma equipe que atua diretamente no tratamento dessa doença, que pode envolver desde mudança nos hábitos alimentares, uso de medicamentos, até cirurgias mais complexas. A endometriose está associada à dor pélvica, mas também a ocorrência de infertilidade. Os estudos internacionais apontam que 50% dos casos de infertilidade feminina está associada à endometriose como uma das principais causas. “Esta é uma doença que tem o seu diagnóstico tardio. Ela tem como característica dores no período menstrual e infertilidade”, explica a ginecologista Ana Lígia Dantas, que integra a única equipe do Rio Grande do Norte especializada nesse tratamento.
A também ginecologista Gleisse Aguiar cita que a endometriose pode afetar até mesmo tecidos distantes, mas ela chama atenção que a endometriose não é câncer. “O tratamento varia muito de acordo com o estágio da doença o importante é um tratamento com equipe multidisciplinar para atingir toda a complexidade da doença”, destacou. Além das médicas Ana Lígia Dantas e Gleisse Aguiar, integram a primeira equipe potiguar especializada em endometriose os proctologistas Romualdo Correia e Alline Maciel e a ginecologista Larissa Queiroz. A equipe conta com o apoio de radiologistas, infertileutas, urologista, nutricionista, fisioterapeuta e psicóloga com experiência em endometriose. A doença pode se apresentar de formas leves a mais grave, como a endometriose profunda que acomete o intestino. A diferença normalmente pode ser identificada antes da cirurgia – e confirmada durante o procedimento – por meio de exames de imagem, como a ultrassonografia especializada e a ressonância magnética de pelve.